sábado, 30 de abril de 2016

Cronograma do grupo de estudos "A entrevista na pesquisa socio-antropológica"

GRUPO DE ESTUDO: A ENTREVISTA NA PESQUISA SOCIOANTROPOLÓGICA
ORIENTAÇÃO: Prof. Dr. Antonio Cristian Saraiva Paiva
MEDIADORAS: Fátima Farias, Iraci Barroso e Selma Gomes
E-MAILS: fatima.flima@gmail.com; iraci@unifap.br; selma@unifap.br

CRONOGRAMA DE ENCONTROS - 2016.1

ABRIL   
Dia 06: Planejamento.

Dia 18: JESUS, Fátima Weiss de. Uma Antropologia em Campo: Reflexões sobre observação e subjetividades na etnografia. Revista Tendências: Cadernos de Ciências Sociais, n°7, 2013.
GERMANO, Idilva Maria Pires. As implicações do método biográfico de Fritz Schütze em Psicologia Social (Texto em PDF).

MAIO
Dia 2: FERRAROTTI, Franco. Sobre a autonomia do método biográfico. Tradução Idalina Conde. Disponível em: < http://sociologiapp.iscte.pt/pdfs/31/342.pdf>. Acesso em Dez. 2014.
BARBOT, Isabelle. “Conduzir uma entrevista de face a face”. In: PAUGAM, Serge. A pesquisa sociológica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
VASCONCELOS, Sandra Maia F. Clínica do discurso: a arte da escuta. Fortaleza: PREMIUS, 2005.

Dia 16:  BOUDIEU, Pierre. A ruptura In: BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON, Jean-Claude. Ofício de sociólogo: metodologia da pesquisa na sociologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, 23-72.
BOURDIEU, Pierre (Coord.). A miséria do mundo. Petrópolis/RJ: Vozes, 2011.
KAUFMANN, Jean-Claude. A entrevista compreensiva: um guia para pesquisa de campo. Tradução Thiago de Abreu e Lima Florêncio. Revisão técnica Bruno César Cavalcanti. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

Dia 30:  ZALUAR, Alba. Teoria e prática do trabalho de campo: alguns problemas In: Aventura Antropológica. Rio de Janeiro, Paz e terra, 1998.
SCHUCH, Patrice et al. (Orgs.). Experiências, dilemas e desafios do fazer etnográfico contemporâneo. Porto Alegre: EdUFRGS, 2010.

JUNHO
Dia 13:  BEAUD, Stéphane; WEBER, Florence. “Analisar os dados etnográficos” In: Guia para a pesquisa de campo: produzir e analisar dados etnográficos, Petrópolis, RJ: Vozes, 2007, p 153-188. Terceira parte
BECKER, Howard S. “Além das categorias: descobrir o que não se encaixa” In: Segredos e truques da pesquisa. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

Dia 27:  BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009
LAHIRE, Bernard. Retratos Sociológicos: disposições e variações individuais. Porto Alegre: ARTMED, 2004.

JULHO 
Dia 04:  BECKER, Howard S. Truques da escrita: para começar e terminar teses, livros e artigos. Tradução de Denise Bottman. Revisão técnica de Karina Kuschnir. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015.

ROCHA, Ana L. B. da; ECKERT, Cornélia. Etnografia: saberes e práticas In PINTO, Celia Regina Jardim; GUAZZELLI, Cezar Augusto Barcellos (Orgs). Ciências Humanas: Pesquisa e Método. Porto Alegre, ed. Universidade, 2008.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Primeira reunião do grupo de estudos "A entrevista na pesquisa socioantropológica"


Segunda-feira, dia 18 de abril, haverá a primeira reunião do grupo de estudos mencionado. Eis os links dos dois primeiros textos:

1- http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/147.%20aplica%C7%D5es%20e%20implica%C7%D5es%20do%20m%C9todo%20biogr%C1fico%20de%20fritz%20sch%DCtze%20em%20psicologia%20social.pdf

2- http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/RevTendenc/article/view/692/615

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Ementa grupo de estudos "Sensações em territórios eróticos-dissidentes"




Ementa O grupo surge da necessidade de desenvolver discussões teórico-reflexivas, bem como pensar em metodologias que compreendam a relação entre corpo, sensações e espaço como produtora de novas formas físicas e subjetivas de ser e estar no mundo. Para tanto, pretende-se, a partir da leitura e reflexão dos textos apresentados nas referências bibliográficas, problematizar e compreender de quais formas afetos diversos e divergentes surgem, são organizados e desorganizados em múltiplas territorialidades eróticas-sensíveis. Objetiva-se ainda, a partir da organização das atividades propostas, promover um diálogo entre as pesquisas dos autores a serem utilizados, dos facilitadores da iniciativa e dos integrantes do grupo.

Facilitadorxs
Júnior Ratts 
Mário Fellipe 

Orientação Prof. Dr. Antônio Cristian Saraiva Paiva

Contatos (85) 989288460 – Júnior Ratts
(85) 987664002 – Mário Fellipe Vasconcelos

E-mail: ratts.ufc@gmail.com
fernandesvv10@gmail.com
gested.ufc@gmail.com



Calendário

Mês de Abril
Dia 18/04 – Apresentação do grupo, leitura e discussão do texto “Pesquisa – Fazer o que não se sabe, aprender fazendo” (Cássio E. Viana Hissa).
Dia 25/04 – Leitura e discussão do texto “Retratos de uma orgia: a efervescência do sexo no pornô” (Maria Elvira Díaz-Benítez).
Mês de Maio
Dia 02/05 - Leitura e discussão do texto “Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo” (Suely Rolnik).
Dia 09/05 - Leitura e discussão do texto “Os afectos mal-ditos: o indizível nas sociedades camponesas” (Paulo Rogers).
Dia 16/05 – Leitura e discussão do texto “Silêncio, suor e sexo: subjetividades e diferenças em clubes para homens” (Camilo Albuquerque de Braz).
Dia 23/05 – Leitura e discussão de capítulo a definir do livro “Caças e pegações online: subversões e reiterações de gêneros e sexualidades” (Gilmaro Nogueira).
Dia 30/05 - Leitura e discussão do texto “O negócio do michê” (Nestor Perlongher).
Mês de Junho
Dia 06/06 – Palestra com Alexandre Fleming sobre metodologias de pesquisas em espaços dissidentes.

Bibliografia Básica

BRAZ, Camilo Albuquerque. Silêncio, suor e sexo: subjetividades e diferenças em clubes para homens. (in) DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira; FÍGARI, Carlos Eduardo. Prazeres dissidentes. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira. Retratos de uma orgia: a efervescência do sexo no pornô. (in) DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira; FÍGARI, Carlos Eduardo. Prazeres dissidentes. Rio de Janeiro: Garamond, 2009. 

FERREIRA, Paulo Rogers da Silva. Os afectos mal-ditos: o indizível das sexualidades camponesas. 2006. 173 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.

HISSA, Cássio Eduardo Viana. Entrenotas: compreensões de pesquisa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

PERLONGHER, Nestor. O negócio do michê. 2ªed. São Paulo, Editora Fundação Perseu Abramo, 2008.         

NOGUEIRA, Gilmaro. Caças e pegações online: subversões e reiterações de gêneros e sexualidades. Luminária Academia, Multifoco Editora, Rio de Janeiro, 2016.

ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.


Leituras Complementares

FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. São Paulo; n – 1 Edições, 2003.

RATTS, Júnior. O corpo-pornô: reflexões sobre seus desdobramentos sociais e culturais. (in) Revista Polêmica, v.15, n.3, dez. 2015. Disponível em < http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/issue/view/1121>. Acesso em 15 de fevereiro de 2016.

VALE, Alexandre Fleming Câmara. 2000. No Escurinho do Cinema: cenas de um público implícito. São Paulo/ Fortaleza: AnnaBlume/Secretaria de Cultura e Desporto do Estado do Ceará.

VASCONCELOS, Mário Fellipe Fernandes Vieira. Meetidos: o monta/desmonta de corpos, performances e identidades gays na Boate Meet – Music & Lounge. Multifoco Editora, Rio de Janeiro, 2015.

Grupo de estudos "A entrevista na pesquisa socioantropológica"




 A ENTREVISTA NA PESQUISA SOCIOANTROPOLÓGICA

EMENTA


O Grupo de Estudos "A entrevista na pesquisa socioantropológica" é um espaço de debate e aprofundamento teórico-metodológico sobre os limites e potencialidades da entrevista como estratégia de produção do conhecimento no campo das ciências sociais. Objetiva discutir os desafios da preparação, condução e análise de entrevistas, considerando, principalmente, as especificidades dos estudos etnográficos, biográficos e de trajetória. A partir destas formas específicas de abordagem, intenciona a abertura de um diálogo entre diferentes experiências e objetos de análise através das leituras trabalhadas, visando o compartilhamento de inquietações e estratégias mobilizadas em cotidianos práticos de pesquisa.

CRONOGRAMA DE ENCONTROS - 2016.1 06 e 18 de abril; 02. 16 e 30 de maio; 13 e 27 de junho e 04 de julho. 

MEDIADORAS
Maria De Fátima Farias De Lima
Iraci De Carvalho Barroso 
Selma Gomes Da Silva

ORIENTAÇÃO Prof. Dr. Antonio Cristian Saraiva Paiva
E-MAILS fatima.flima@gmail.com; iraci@unifap.br; selma@unifap.br


BIBLIOGRAFIA

BARBOT, Isabelle. “Conduzir uma entrevista de face a face”. In: PAUGAM, Serge. A pesquisa sociológica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009

BEAUD, Stéphane; WEBER, Florence. “Analisar os dados etnográficos” In: Guia para a pesquisa de campo: produzir e analisar dados etnográficos, Petrópolis, RJ: Vozes, 2007, p 153-188. Terceira parte.

BECKER, Howard S. “Além das categorias: descobrir o que não se encaixa” In: Segredos e truques da pesquisa. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

____. Métodos de pesquisa em ciências sociais. Tradução Marco Estevão e Renato Aguiar. Revisão técnica de Márcia Arieira. São Paulo: Hucitec, 1993.

____. Truques da escrita: para começar e terminar teses, livros e artigos. Tradução de Denise Bottman. Revisão técnica de Karina Kuschnir. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2015

BERTAUX, Daniel. Narrativas de vida: a pesquisa e seus métodos. Tradução Zuleide Alves Cardoso Cavalcante; Denise Maria Gurgel Lavallée. São Paulo: Paulus, 2010.

BOURDIEU, Pierre (Coord.). A miséria do mundo. Petrópolis/RJ: Vozes, 2011.

____. A ruptura In: BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON, Jean-Claude. Ofício de sociólogo: metodologia da pesquisa na sociologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, 23-72.

BRUNER, Jerome. Fabricando histórias: direito, literatura, vida. Tradução de Fernando Cássio. São Paulo: Letra e Voz, 2014. – (Coleção Ideias).

CARVALHO, Alba Maria Pinho de. O Exercício do Ofício da Pesquisa e o desafio da Construção metodológica In: BAPTISTA, Maria Manuel(Coord.). Coleção Estudos Culturais, Gracio editores, 2012.
COSTA, Ana Maria N.; DIAS, Daniela R.; DI LUCCIO, Fávia. Uso de entrevistas online no Método de Explicitação do Discurso Subjacente (MEDS). Psicologia: reflexão e crítica, v. 22, n. 1, 2009, p. 36-43.
DENZI, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. e col. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Tradução de Sandra Maria Regina Netz. 2ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006

DESLANDES, Suely Ferreira. Trabalho de campo: contexto de observação, interação e descoberta In: Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, p. 61-77. Capítulo 3.

FERRAROTTI, Franco. Sobre a autonomia do método biográfico. Tradução Idalina Conde. Disponível em: < http://sociologiapp.iscte.pt/pdfs/31/342.pdf>. Acesso em Dez. 2014.

FERIANI, Daniela Moreno et. al. (Orgs.). Etnografia, etnografias: ensaios sobre a diversidade do fazer antropológico. São Paulo: ANNABLUME, 2011.

FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaina. (Coords.) Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1998.
FREISER, Márcia Tourinho Dantas; GONDIM, Sônia Maria Guedes. A fala do outro ao texto negociado:discussões sobre a entrevista na pesquisa qualitativa. Paidea, n. 14, v. 28, 2004, p. 139-152.
GERMANO, Idilva Ma. P. Aplicações e implicações do método biográfico de Fritz Schütze em Psicologia Social. Disponível em: http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/147.%20aplica%C7%D5es%20e%20implica%C7%D5es%20do%20m%C9todo%20biogr%C1fico%20de%20fritz%20sch%DCtze%20em%20psicologia%20social.pdf Acesso: 08 de Abril de 2016.

GIBBS, Graham. Análise de dados qualitativos. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2009.

HASTRUP, Kirsten. O conhecimento incorporado. Publicado em inglês: Incorpored knowledge. In: Mime journal. Clarmont, Califórnia: Pornona College, 1995, p. 2-9.

HISSA, Cássio E. Viana. Entrenotas: compreensões de pesquisa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

KAUFMANN, Jean-Claude. A entrevista compreensiva: um guia para pesquisa de campo. Tradução Thiago de Abreu e Lima Florêncio. Revisão técnica Bruno César Cavalcanti. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
KOFES, Suely. Uma trajetória, em narrativas. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2001.

JESUS, Fátima Weiss de. Uma Antropologia em Campo: Reflexões sobre observação e subjetividades na etnografia. Revista Tendências: Cadernos de Ciências Sociais, n°7, 2013.
LAHIRE, Bernard. Retratos Sociológicos: disposições e variações individuais. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
MANZINE, Eduardo José. Considerações sobre a elaboração de roteiros para entrevista semiestruturada. In: MARQUEZINE, Maria Cristina; ALMEIDA, Maria Amélia; ALMOTE, Sadau. Colóquio sobre a pesquisa em educação especial. Londrina: Eduel, 2003, p. 11-25.
MARTINS, Heloisa Helena de. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e pesquisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 289-300, maio/agosto, 2004.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: HUCITEC, 2010.
MUYLAERT, Camila Junqueira; SARUBBI, Junior V; GALLO, Paulo R; et al. Entrevistas narrativas: um importante recurso em pesquisa qualitativa. Revista Escola de Enfermagem da USP, n. 48, 2014, 193-199.
OLIVEIRA, Almir Almeida de. Observação e entrevista em pesquisa qualitativa. Revista FACVV. Vila Velha, n° 4, jan/jun.2010. P.22-27.
ORNELLAS, Maria de Lurdes S. [Entre]vista: a escuta revela. Salvador: Edufba, 2011. (V.1 - Série Métodos e Técnicas de Pesquisa).

PASSEGGI, Maria da Conceição (Org.). Tendências da pesquisa (auto) biográfica. São Paulo: PAULUS, 2008.

PASSEGGI, Maria da Conceição; SOUZA, Elizeu Clementino de. (Orgs.).  In:
(Auto) biografia: formação, territórios e saberes. São Paulo: PAULUS, 2008.

ROCHA, Ana L. B. da; ECKERT, Cornélia. Etnografia: saberes e práticas In PINTO, Celia Regina Jardim; GUAZZELLI, Cezar Augusto Barcellos (Orgs). Ciências Humanas: Pesquisa e Método. Porto Alegre, ed. Universidade, 2008.
SCHUCH, Patrice et al. (Orgs.). Experiências, dilemas e desafios do fazer etnográfico contemporâneo. Porto Alegre: EdUFRGS, 2010.

SENNETT, Richard. O artífice. Tradução de Clóvis Marques. Rio de Janeiro: RECORD, 2000.

VASCONCELOS, Sandra Maia F. Clínica do discurso: a arte da escuta. Fortaleza: PREMIUS, 2005.

ZALUAR, Alba. Teoria e prática do trabalho de campo: alguns problemas In: Aventura Antropológica. Rio de Janeiro, Paz e terra, 1998.
WELLER, Wivian. Tradições hermenêuticas e interacionistas na pesquisa qualitativa: a análise de narrativas segundo Fritz Schütze. Disponível em: http://32reuniao.anped.org.br/arquivos/trabalhos/GT14-5656--Int.pdf Acesso: 08 de Abril de 2016.





quarta-feira, 6 de abril de 2016

Manifesto em defesa da democracia e do estado de direito - Docentes do Departamento de Ciências Sociais (UFC)

Pedimos ampla divulgação deste manifesto.
MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DO ESTADO DE DIREITO
Esta nota é assinada por professores e professoras do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará – UFC, que, como pessoas físicas, vêm manifestar seu apoio à luta dos movimentos sociais contra o processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff.
Manifestamos nosso repúdio ao Golpe político que se arquiteta neste momento histórico no Brasil, ameaçando a legalidade democrática e o Estado de Direito, numa visível manobra das forças conservadoras alinhadas à extrema direita, cujo objetivo é tomar o poder de forma ilegal, rasgando o tecido institucional de uma Nação onde a liberdade democrática é produto de uma conquista recente, resultante de inúmeras perdas, mortes, torturas, desaparecimento de cidadãos e cidadãs que entregaram suas vidas à luta por justiça social e por um mundo melhor.
Não concebemos como legítimo um processo que segue contra uma Chefe de Estado a cujo nome não se relaciona nenhum ato criminal comprovado. Nesse cenário, os mecanismos operacionais da Justiça atuam de forma seletiva, espetaculosa e arbitrária, em articulação plena com um jornalismo de manobra que envergonha a sociedade e produz um clima de convulsão social e travamento político das instituições do Poder Legislativo, num momento em que o país necessita avançar rumo à superação da crise econômica que se agrava em escala mundial.
Não reconhecemos a legitimidade desse processo de impeachment, encaminhado pelo Deputado Federal Eduardo Cunha, Presidente do Congresso Nacional, cujo nome é objeto de denúncia por crimes cometidos contra o patrimônio público. Não há legitimidade institucional num processo conduzido através de manobras, endossadas pelo Judiciário, e que se submete à apreciação de uma Comissão cuja composição abriga nomes de políticos investigados por fazerem parte de esquemas de corrupção.
Reconhecemos as diversas conquistas sociais que o Brasil alcançou nos últimos anos, mas sem perdermos de vista a perspectiva de criticidade que cobra do Governo o fim de alianças que favorecem o grande Capital, fortalecem o agronegócio e empreendimentos desenvolvimentistas que ameaçam a vida nas cidades, povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, camponeses e povos do mar, reproduzindo assim os mecanismos da desigualdade e injustiça socioambiental. Não aceitamos, outrossim, que as escolhas políticas do Governo resultem na redução de direitos historicamente conquistados por trabalhadoras e trabalhadores. Assim, manifestamos também nosso apoio à luta contra o chamado ajuste fiscal.
Não concebemos que o Brasil possa avançar nesse debate crítico num contexto em que a retirada da Presidenta do poder configure-se como um jogo forçoso, que opera por vias da ilegalidade. Tal processo jamais favorecerá a Nação e a luta contra a corrupção. As forças políticas que articulam o Golpe estão alinhadas a uma extrema direita que não aceita o desenvolvimento de políticas públicas focadas na redução das desigualdades e ações inclusivas, e caminha de mãos dadas com tendências ultraconservadoras, fundamentalistas e fascistas, que disseminam o ódio contra os símbolos e lideranças dos movimentos sociais de esquerda e representam uma ameaça concreta ao avanço das lutas focadas nos direitos humanos.
Por esses motivos, e reafirmando nosso compromisso com a luta por uma Universidade pública, gratuita, inclusiva, democrática e de qualidade, assinamos este manifesto, somando força no movimento ‪#‎BrasilContraoGolpe‬.
Antonio George Lopes Paulino – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Cristina Maria da Silva – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Jania Perla Diógenes de Aquino – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Geísa Mattos de Araújo Lima – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Danyelle Nilin Gonçalves – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Jakson Alves de Aquino – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Irapuan Peixoto Lima Filho – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Eduardo Girão Santiago – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Martinho Tota Filho Rocha de Araújo – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Cesar Barreira – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Antonio Cristian Saraiva Paiva – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Kleyton Rattes Gonçalves – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Osmar de Sá Ponte Júnior – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Carlos Kleber Saraiva de Sousa – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Alexandre Fleming Câmara Vale – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Linda Maria de Pontes Gondim – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Lea Carvalho Rodrigues – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Glória Maria dos Santos Diógenes – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Romain Jean Marc Pierre Bragard – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Luiz Fábio Silva Paiva – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Alba Maria Pinho de Carvalho – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Clayton Mendonça Cunha Filho – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Isabelle Braz Peixoto da Silva – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Irlys Alencar Firmo Barreira – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Domingos Sávio Abreu – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Elza Maria Franco Braga – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Maria Neyára de Oliveira Araújo – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Celina Amália Ramalho Galvão Lima – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Maria Sulamita de Almeida Vieira – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Andréa Borges Leão – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Ismael de Andrade Pordeus Júnior – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Fabio Gentile – Professor do Departamento de Ciências Sociais da UFC
Mariana Mont’Alverne Barreto Lima – Professora do Departamento de Ciências Sociais da UFC

terça-feira, 5 de abril de 2016

Ementa do grupo de estudos de gênero 2016

É com muita satisfação que, como prometido, apresentamos  a ementa que planejamos para o ano de 2016. Seria interessante que as pessoas que estejam interessadas em participar das reuniões venham com as leituras em dia, para que os diálogos continuem sendo tão produtivos:

Universidade Federal do Ceará – UFC
Departamento de Ciências Sociais
Núcleo de Pesquisas sobre Sexualidade, Gênero e Subjetividade – NUSS
GRUPO DE ESTUDOS DE GÊNERO:
GÊNERO E TRÂNSITOS DE SABERES

Ementa
Para o semestre 2016.1, propomos dar continuidade às discussões que vem sendo construídas no decorrer dos dois anos de existência do grupo de estudos, mediante os percursos em torno da categoria gênero e demais marcadores sociais da diferença, dentre eles: sexualidade, classe e geração. Propomos privilegiar debates em torno da noção de intersecção, entre os estudos de gênero e demais temáticas que estão relacionadas tanto às nossas pesquisas de tese como dos demais participantes e colaboradores do grupo, a fim de ampliar o espaço de diálogo, compartilhamento de experiências e as potencialidades de nossas pesquisas.

Facilitadoras

Francis Emmanuelle Alves Vasconcelos[1]
Socorro Letícia Fernandes Peixoto[2]
Marcelle Jacinto da Silva[3]
Orientação
Prof. Dr. Antônio Cristian Saraiva Paiva
Contatos
(85) 987001203 / 30257880 (Emmanuelle)
(85) 9 9621-7205/ 9 8796-1318 (Letícia)
(85) 9 8801-9774 (Marcelle)
E-mails:
Grupo no facebook:
Grupo de estudos de gênero NUSS-UFC
Disponível em: https://www.facebook.com/groups/624929004292373/?fref=ts
                                                                    




UNIDADE 1 – DILEMAS EM TORNO DA CATEGORIA “GÊNERO”

13 / 04 / 2016:

LAURETIS, Tereza. Tecnologias de Gênero. In: Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura.


27 / 04 / 2016:

RUBIN, Gayle. O Tráfico de Mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: SOS Corpo, 1993.

11 / 05 / 2016
NICHOLSON, Linda.  Interpretando o gênero. Revista Estudos Feministas, Vol. 8, No. 2 (2000), pp. 9-41

25 / 05 / 2016
SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. Coleção Brasil Urgente.

*Texto complementar:
TIBURI, Marcia. Como conversar com um fascista. 5. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2016. Seguintes ensaios: “A cultura do assédio”, “A lógica do estupro”, “Condenação prévia e responsabilidade”, “Toda mulher é ‘estuprável’ ou o sexo é apenas lógico”, “Pensar na vítima e esquecer o criminoso” e “Como alguém se torna um estuprador?”.

UNIDADE II – SUJEITOS POLÍTICOS, SUJEITOS DA CIÊNCIA: GÊNERO, FEMINISMOS E CIÊNCIA
08 / 06 / 2016
CONNEL, Raewin; PEARSE, Rebeca. O gênero na vida pessoal. In: Gênero: uma perspectiva global. Compreendendo o gênero -  da esfera pessoal à política – no mundo contemporâneo. P. 189 – 219.

22 / 06 / 2016
SCAVONE, Lucila. Estudos de gênero: uma sociologia feminista? In: Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 16(1): 288, janeiro-abril/2008

(RECESSO DE JULHO)

03 / 08 / 2016
RAGO, Margareth. Feminismo e subjetividade em tempos pós-modernos. In: COSTA, Claúdia; Schmidth, Simone. (Orgs). Poéticas e políticas feministas. Santa Catarina: Editora Mulheres, 2004.


17 / 08 / 2016
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. In: Cadernos Pagu, Campinas, n. 5, 1995: pp. 07-41.
SARTI, Cinthia. Feminismo e contexto: lições do caso brasileiro. In: Cadernos Pagu, n. 16, 2001, pp.31-48.

31 / 08 / 2016
MATOS, Marlise. Teorias de gênero ou teorias e gênero? Se e como os estudos de gênero e feministas se transformaram em um campo novo para as ciências. In: Revista Estudos Feministas, Florianópolis, n. 16, maio-agosto/2008.


UNIDADE III – POLÍTICAS DO CORPO E SEXUALIDADES

14 /  09 / 2016
NUNES, Silvia Alexim. O corpo do diabo entre a cruz e a caldeirinha: Um estudo sobre s mulher, o masoquismo e a feminilidade. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

28 / 09 / 2016
PISCITELLI, Adriana. Violências e afetos: intercâmbios sexuais e econômicos na (recente) produção antropológica realizada no Brasil. Cadernos Pagu, n. 42, janeiro-junho de 2014

12 / 10 / 2016
FERREIRA, Vinicius Kauê; GROSSI, Miriam Pillar. Teoria queer, políticas pós-pornô e privativação da sexualidade: uma conversa com Marie-Hélène Bourcier. Rev. Estud. Fem.,  Florianópolis ,  v. 22, n. 3, p. 913-928,  Dec.  2014
*Textos complementar
PRECIADO, Beatriz. Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. In: Revista Estudos Feministas, v. 19, n. 1, p. 11-20, jan./abr. 2011.


UNIDADE IV – VIVÊNCIAS E PRÁTICAS DO COTIDIANO: ESTUDOS SOBRE FAMÍLIA, GERAÇÃO E MATERNIDADES

26 / 10 / 2016
BRITO, Alda de Brito; AZEVEDO, Eulália Lima; GOMES, Márcia (orgs.) Reparando a falta: dinâmica de gênero em perspectiva geracional. Salvador: UFBA / Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a mulher, 2005.216 p. - (Coleção Bahianas; 10)

09 / 11 / 2016
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23 / 11 / 2016
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(RECESSO DE DEZEMBRO)


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ROUDINESCO, Elisabeth. A Família em desordem. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 2003.

BADINTER, Elisabeth . O conflito. A mulher e a mãe. Tradução: Vera Lúcia dos Reis. Rio de Janeiro: Record, 2011.

SCAVONE, Lucila. Maternidade: transformações na família e nas relações de gênero. Revista Interface – Comunicação, Saúde e Educação, v. 5, n. 8, 2001, p. 47-60




[1] Assistente social graduada pela Universidade Estadual do Ceará – UECE em 2011. Mestre em Sociologia. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará – UFC. Professora do curso de Serviço Social da Faculdade Cearense – FaC. Pesquisadora do NUSS.
[2] Assistente social. (UECE). Mestre em Políticas Públicas e Sociedade (UECE). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará. Assistente social/ servidora pública estadual do Hospital Geral de Fortaleza (Unidade de Obstetrícia). Professora do Curso de Serviço Social da Faculdade Cearense – FaC. Pesquisado do NUSS.
[3] Socióloga (UFC). Possui Mestrado em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (2015). Possui graduação em Ciências Sociais, na modalidade bacharelado, pela Universidade Federal do Ceará (2013). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará. Pesquisadora do NUSS.